Instituto Pensar - PF vai investigar empresários que furaram fila da vacinação de Covid-19

PF vai investigar empresários que furaram fila da vacinação de Covid-19

por: Eduardo Pinheiro


Vacinação dos profissionais de saúde, veterinários e agentes funerários com 60 anos ou mais de idade, que estam na ativa, na Clínica da Família Estácio de Sá (RJ).
Foto: Reprodução

Após o PSB, a partir do líder do partido na Câmara, Danilo Cabral (PE), denunciar na Justiça o grupo de empresários mineiros que adquiriram e tomaram doses de vacinas contra a Covid-19 ilegalmente, a Polícia Federal anunciou que irá investigar o caso. A denúncia foi feita em reportagem da revista piauí publicada na última quarta-feira (24).

Segundo a publicação, o grupo formado por políticos e empresários do setor de transportes adquiriu doses da Pfizer por R$ 600 cada e a primeira dose foi aplicada secretamente em 50 pessoas. Um dos que teriam recebido a dose foi o ex-senador Clésio Andrade, ex-presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT).

Vídeos obtidos pelo jornal O Estado de S. Paulo mostram pessoas sendo vacinadas na noite da última terça-feira (23). O caso ocorreu na garagem de uma empresa de transporte localizada em Belo Horizonte e foi registrado por vizinhos do local, que denunciaram um esquema clandestino de imunização contra a Covid-19 pela viação Saritur. O vai e vem ocorreu após as 20 horas, quando já estava em vigor o toque de recolher determinado pela prefeitura.

As doses da Pfizer contratadas pelo Ministério da Saúde ainda não chegaram ao país. Ainda segundo a farmacêutica, não houve ?qualquer venda ou distribuição de sua vacina contra Covid-19 no Brasil fora do âmbito do Programa Nacional de Imunização?. "A vacina Comirnaty, ainda não está disponível em território brasileiro?, frisou, em nota.

Na notícia-crime apresentada pelo PSB, Danilo afirma que a Lei 14.125/21, que trata da aquisição e distribuição de vacinas por pessoas jurídicas de direito privado é clara: a compra de vacinas por iniciativa privada antes da imunização dos grupos prioritários deve ser 100% doada ao Sistema Único de Saúde (SUS).

"Somente após a imunização dessas pessoas que poderá haver vacinação privada, mas ainda assim, desde que 50% do lote seja doado ao SUS?, explica.

Também assinaram a denúncia enviada ao Ministério Público do Estado de Minas Gerais a deputada Lídice da Mata (PSB-BA) e os socialistas Denis Bezerra (PSB-CE), Ricardo Silva (PSB-SP), Tadeu Alencar (PSB-PE), Camilo Capiberibe (PSB-AP) e Milton Coelho (PSB-PE).

Com informações do jornal O Estado de S. Paulo




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